segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Meu Último Post

Caros "leitores",

Iniciei meus treinos de aikido em agosto de 2000.
Em 2005 recebi minha faixa preta e em novembro de 2009 recebi meu Sandan.
Em agosto de 2011 iniciei uma série de publicações, semanais, sobre TUDO o que eu havia pesquisado, e posto em prática pelo menos uma vez, nestes 11 anos de aikido e que agora chegam ao fim.
Infelizmente, nesta mesma data eu me afastei da prática do aikido.
Por um ano e meio treinei Tai Chi Chuan com o professor Elivelto.
Agora treino Jiu Jitsu com o professor Márcio Corleta.
Assim, encerro minha participação neste blog, mas deixo-o a disposição de alguém que queira continuá-lo, pois o acho um meio claro e fácil de se transmitir algum conhecimento para qualquer pessoa interessada em "um pouquinho a mais" de aikido.
Por favor, se comunique por e-mail para que eu possa lhe passar a administração deste blog.

Abraços e boa sorte.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

As dezesseis etapas da transferência do poder


  1. Plante o pé no chão e gire-o, deixando que o poder caminhe pela perna acima;
  2. Lance o poder para cima à altura dos joelhos;
  3. Esteja preparado para fazer com que o poder se mova livremente em qualquer direção na altura dos quadris;
  4. Impulsione o poder para cima pelas costas;
  5. Deixe que o poder penetre até o ponto coronário, no topo da cabeça;
  6. A partir do topo da cabeça, funda o poder com seu Ch’i e faça-o circular pelo corpo inteiro;
  7. Conduza o poder até as palmas das mãos;
  8. Faça-o chegar as pontas dos dedos;
  9. Condense o poder na medula óssea pelo corpo inteiro;
  10. Funda o poder ao espírito, fazendo dos dois um só;
  11. Ouça com a mente no ouvido, como se estivesse fazendo um leve trabalho de condensação;
  12. Concentre-se na região do nariz;
  13. Respire o ar até os pulmões;
  14. Controle a boca, regulando cuidadosamente a respiração;
  15. Espalhe o poder pelo corpo inteiro;
  16. Leve o poder até as pontas dos pelos do corpo.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

As oito verdades do T’ai Chi


  1. Não te preocupes com a forma. Não te preocupes com os modos pelos quais a forma se manifesta. O melhor é esquecer a tua própria existência;
  2. Teu corpo inteiro deve ser transparente e vazio. Deixa que o interior e o exterior se fundam e tornem-se um só;
  3. Aprenda a ignorar os objetos externos. Segue o caminho natural. Deixa-te guiar pela tua mente e age espontaneamente, de acordo com o momento;
  4. O Sol se põe na montanha ocidental. O penhasco se projeta para frente, suspenso no espaço. Contempla o oceano em sua vastidão e o céu em sua grandeza;
  5. Deves refinar o teu espírito, cultivando o positivo e o negativo;
  6. Tua mente deve ser como a água, plácida e imóvel, e teu espírito como a fonte clara como o mais fino cristal;
  7. Rugem as águas do rio; fervilha o tempestuoso oceano. Faz com que o teu Ch’i se assemelhe a essas maravilhas da natureza;
  8. Busca sinceramente a perfeição. Dá um fundamento à tua vida. Quando tiveres estabelecido o espírito, poderás cultivar o Ch’i.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

O Santuário Aiki, em Iwama

“(...) Vendo a prosperidade alcançada pelo Aikidō, não posso deixar de pensar nas decisões tomadas pelo Fundador durante os anos da guerra e imediatamente depois. Se, em vez de retirar-se para Iwama, mestre Ueshiba tivesse deixado que o Kōbukan Aiki-Budō fosse engolido pela fusão das artes marciais durante a guerra, a história do Aikidō poderia ter terminado naquele tempo. Ambos os nomes, o de mestre Ueshiba e do Aikidō, e seu breve mas glorioso capítulo no Budō nos anos anteriores à guerra, poderiam ter sido relegados aos livros de história e, com o tempo, convertido apenas em lendas obscuras nos anais das artes marciais.
                A reputação e o sucesso atuais do Aikidō se devem à decisão do Fundador de dedicar-se à busca espiritual da essência das artes marciais naquela distante região de Iwama. Mestre Ueshiba demonstrou com o seu exemplo que o sucesso do Aikidō não é medido pelo número de seguidores, mas pela profundidade e intensidade de busca pessoal da verdade através do treinamento e da prática. Esse, creio eu, é o motivo principal para que o Aikidō seja o que é hoje.                
                O ditado zen “Refletir sobre nossos passos” nos aconselha sempre a verificar se nossos pés estão em terra firme. Como praticantes do Aikidō, devemos sempre “refletir sobre nossos passos”, mesmo que prossigamos com grande idealismo e paixão pela verdade.
                Não há nada mais desejável do que o crescimento e a expansão, mas se nossos olhos são atraídos apenas por eventos superficiais e perdemos a visão da essência do Caminho do Aikidō, então – do mesmo modo que um pião perde seu momento cinético, seu equilíbrio, e cedo ou tarde cai – nosso Caminho perderá sua vitalidade, dividir-se-á e finalmente se desintegrará. Quando penso nos anos que o Fundador passou em Iwama refletindo sobre si mesmo, novamente me lembro da minha tarefa essencial.”

O espírito do Aikidō. Kisshōmaru Ueshiba. São Paulo: Ed. Cultrix, 1984. Pg 133 – 134. 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

"(...) O caminho da harmonia não é suave. (....)" Shinjutsu: verdade

“(...) O universo é novo a cada dia. A cada dia há ressurreição no mundo quando o sol se levanta, se põe e novamente se levanta. As energias dinâmicas da vida nunca permanecem as mesmas. As organizações devem ter esse mesmo frescor; não devem apenas expandir-se, mas expandir-se e contrair-se. Devem dedicar-se ao “agora” sem esquecer da essência do passado. Por favor, acatem esta advertência, porque grande é a nossa responsabilidade no Aikidô. Ô Sensei quis um mundo constituído verdadeiramente por uma só família, sem ódios, sem preconceitos. Através do Aikidô, podemos criar um exemplo com as nossas ações. Se permitirmos que as lutas políticas e pelo poder nos controlem, o espírito de Ô Sensei será agredido. As portas que ele abriu serão fechadas pelo medo, pelo egoísmo, pela lealdade obtusa.
                A fraqueza avança às cegas. Ela precisa do apego à lealdade, certa ou errada, pois teme a liberdade do vazio. Teme a responsabilidade. Se você se apega egoisticamente à honestidade, não pode ser livre. Se agarra a honestidade com o punho cerrado, os nós dos dedos lívidos pelo esforço, não consegue estender amistosamente a mão a outro. Certa vez Ô Sensei me disse: “Você precisa aprender a liberdade da ausência de desejos. Se você tenta agarrar a água ou ar, a essência escapa. Se quer beber, deve curvar ligeiramente a mão em concha. Se quer respirar, deve primeiro abrir a boca para expelir o ar anterior. Se eu lhe der ouro e você o agarrar com toda a força, com medo que ele escape, não conseguirá tocar o diamante que eu posso lhe oferecer.”

                Os diversos discípulos entendem os ensinamentos do mestre de formas diferentes, tendo cada qual a sua explicação. Pessoa alguma pode apresentar a resposta completa. Por isso, o estudante de arte, filosofia, ciência ou Budô precisa de um único mestre como guia, como ponto de referência; mas precisa também do estímulo de outras explicações, outros pontos de vista. Não devem existir obstáculos que o estudante não possa saltar. Ele deve lealdade ao mestre, mas uma lealdade originada da liberdade de escolha. A função mais importante dos alunos pessoais de Ô Sensei é a transmissão de seus ensinamentos, não a tarefa de desenvolver organizações. O estudo do Aikidô é o treinamento na filosofia e no espírito por meio da ação. A técnica não é apenas técnica, mas a manifestação física do conceito e da compreensão da arte. Se houver dissonância entre técnica e filosofia, de um lado, e relações humanas na vida diária, de outro, o Caminho não é verdadeiro. A qualidade mais importante de um líder é o vazio, a qualidade do não-ego. Temos de estudar em profundidade, dar corpo ao espírito do samurai e reforçar o controle, não sobre os outros, mas sobre nós mesmos. (...)” 
Mitsugi Saotome. Aikidô e a Harmonia da Natureza. 1993. Editora Pensamento. Pg. 189-190.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

As cinco virtudes do T’ai Chi


  1. Teu estudo deve ser amplo e diversificado. Não imponhas limites a ti mesmo. Este princípio pode ser comparado à tua postura de base, que se move facilmente para muitas e diversas direções;
  2. Examina e questiona. Pergunta-te como e por que o T’ai Chi funciona. Este princípio pode ser comparado à tua sensibilidade, que é receptiva àquilo que os outros ignoram;
  3. Sê meticuloso e cuidadoso no teu pensar. Usa tua mente para descobrir a compreensão correta. Este princípio pode ser comparado ao réu poder de concentração;
  4. Examina tudo com clareza. Distingue claramente os conceitos e decide sobre o correto curso da ação. Este princípio pode ser comparado ao movimento contínuo do T’ai Chi;
  5. Pratica com sinceridade. Este princípio pode ser comparado ao céu e à terra, ao eterno.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Os quatro procedimentos secretos da transferência do poder


  1. Puxe para cima e empreste a força do seu oponente;
  2. Mental e fisicamente, atraia e conduza para você o seu oponente e acumule o seu poder interno;
  3. Relaxe completamente todo o seu organismo físico;
  4. Transfira o poder como se estivesse atirando uma flecha a partir dos quadris e dos pés.